Morte do pontífice foi anunciada no início da manhã desta segunda-feira (21)
O Vaticano confirmou no início da tarde desta segunda-feira (21) as causas da morte do papa Francisco. O pontífice teve um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível.
Conforme o Vaticano, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília).
Segundo o boletim médico, o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma.
O atestado foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano, segundo o G1.
Francisco ficou internado por mais de um mês para tratar uma pneumonia bilateral. Apesar de ter recebido alta, o papa continuava em tratamento em casa e continuava com um quadro de saúde que exigia cuidados.
TRAJETÓRIA
Durante os 12 anos de pontificado, Francisco foi reconhecido por seu estilo simples, sua proximidade com os fiéis e sua defesa dos pobres, migrantes e do meio ambiente. Ele também se destacou por promover reformas na Cúria Romana e por buscar o diálogo com outras religiões, além de abordar temas delicados dentro da própria Igreja, como o papel das mulheres, os escândalos de abuso sexual e a inclusão de minorias.
A morte de Francisco marca o fim de uma era que aproximou o Vaticano de temas contemporâneos e reforçou a ideia de uma Igreja mais aberta e compassiva. O conclave para a escolha do novo papa deverá ser convocado nos próximos dias, reunindo cardeais de todo o mundo.